Thomas D. Brock nasceu nos EUA, em 1926. Formou-se como botânico e fez mestrado e doutorado em micologia. Em 1952, começou a trabalhar no departamento de pesquisa com antibióticos de uma empresa farmacêutica onde aprendeu microbiologia com mais profundidade. Cansado da rotina de trabalho, Brock começou a trabalhar no Departamento de Biologia de uma universidade privada.
Posteriormente, mudou-se para outra universidade para pesquisar na área de Microbiologia Médica, especificamente em genética de estreptococos. Foi em 1963, que Brock deu uma reviravolta em sua carreira, ao decidir pesquisar na área de Microbiologia Marinha. Seu trabalho com o estreptococo marinho, Leucotrix mucor, rendeu vários artigos.
Seu interesse por microrganismos semelhantes, do gênero Thiotrix, impulsionou Brock a se interessar pelas fontes ricas em enxofre e, posteriormente, pelas fontes geotermais do Parque Nacional de YellowStone. Foi em uma dessas fontes que Brock avistou uma massa gelatinosa.
Convencido de que havia bactérias não fototróficas vivendo nesse ambiente, Brock utilizou técnicas de enriquecimento a altas temperaturas para isolar esses microrganismos. Seus esforços levaram ao descobrimento de bactérias termofílicas como a Thermus aquaticus, em 1966. Essa bactéria, anos mais tarde, serviria como fonte da enzima polimerase para a realização da técnica de PCR (déc de 80). Técnica essa que revolucionou a biologia.
Brock também gostava muito de escrever, não só artigos científicos, mas também livros. Escreveu diversos deles na área de Microbiologia, inclusive as primeiras edições de “Biologia dos microrganismos”. Esse livro, que é uma grande referência na área, a partir de sua sétima edição, passou a ser chamado de Microbiologia de Brock.
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